domingo, 13 de janeiro de 2008

III Passeio TT Rasga A Mata Clube TT - 13 Janeiro

O Rasga A Mata Clube TT, de Vila Chã de Sá, voltou a marcar o arranque do ano novo com mais uma edição, a terceira, do seu Passeio TT. Domingo, dia 13, esta sulista freguesia do concelho de Viseu voltou a receber uma vasta caravana, desta vez com mais de 180 viaturas, num dia em que o principal atractivo é mesmo a pista de obstáculos final.Finalmente lama!!!
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Com as condições do estado do tempo atípicas que se têm vivido, este III Passeio Rasga A Mata Clube TT acabou por ser, já em 2008, o primeiro evento onde a lama finalmente marcou presença.
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Por vezes com partes diferentes para motos, nos trilhos escolhidos para este dia não estavam incluídas, no entanto, zonas de completo lamaçal, o que se revela uma decisão mais do que acertada quando a caravana atinge números como os deste ano, mais uma vez na ordem das centenas.Para esta jornada foi fitado um trajecto muito rolante a rondar os 120 km que acabou por ser encurtado por volta do quilómetro 80, para os jipes, para seguir rumo ao almoço, numa altura em que a chuva incomodava um pouco mais neste dia em que nuvens dominaram completamente o céu.
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Depois da partida do Campo de Futebol, a ronda que visitou o vizinho concelho de Tondela, passou por Passos de Silgueiros, Lageosa do Dão, Sabugosa, Póvoa da Catarina, Farminhão, Várzea e Fial, antes de regressar a Vila Chã de Sá.
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A passagem do rio Dão, na zona de Lageosa do Dão, mostrou-se como o ponto alto deste percurso que acabou por se mostrar como a nota mais complicada nesta etapa matinal.Depois de uma parte inicial até bastante interessante e mesmo somando mais duas suaves passagens de água e mais alguns pontos bastante enlameados, o resultado não foi o suficiente para sacudir a toada repetitiva instalada sobretudo em virtude da grande distância percorrida.
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Tantos quilómetros, a passagem de água e a lama acabam por inserir este evento na categoria de "raide" [passeio, rota, raide, trial] num cenário que acabou por não mostrar inclinações dignas de maior nota.Logo após o almoço, mesmo ao lado do IP3 (Itinerário Principal 3), esperava a pista trialeira de origem natural, onde as rochas e o declive pediam, quer a máquinas, quer a condutores, um esforço suplementar.
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A destoar das características naturais apenas um "poço", na zona mais baixa, cuja saída se mostrou impossível de encontrar por algumas das viaturas que se aventuraram por estes maus caminhos.Os obstáculos protagonizados pelas rochas também não estavam ao alcance de todos, provocando muito bons cruzamentos de eixos e sendo ainda mais desafiadoras quando atacadas no sentido inverso ao inicialmente programado, acabando por proporcionar uma tarde recheada de bons momentos.
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Apesar do dia não estar muito convidativo, o público, que pôde ser visto ao longo da parte da manhã, também acabou por marcar presença em bom número na zona da pista, numa altura em que o que incomodava mais era um vento mais agreste.
Para fechar, resta salientar o alto nível apresentado por esta organização, o Rasga A Mata Clube TT, que mostrou um trabalho exemplar, em especial no que diz respeito à marcação do percurso e na presença em quase todos os pontos vitais.

PONTUAÇÃO (0-5):

PERCURSO TOTAL: 3
Zonas difíceis: 3
Passagens de água: 4
Paisagens: 2
Grau de dificuldade: 3
ORGANIZAÇÃO TOTAL: 4
Atraso na partida: 4
Roteiro (Fitas+placas): 4
Apoio no terreno: 3
Bombeiros: 3
Apoio médico: n.d.
Refeições: 4
Alojamento: n.d.
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Notas à organização:
1) Resolução para o ano 2008: Assumir sempre que os eventos não começam à hora marcada por culpa das organizações. Mesmo assim menos de 30 minutos já se pode considerar um bom esforço.
2) Na maior dificuldade da manhã, uma passagem de água, devia ter obrigado à presença de uma viatura de apoio da organização.
3) Às vezes "menos é mais". Façamos as contas fazer 120 km de percurso TT em 3 horas e meia (9h30<>13h) implica uma média de quase 35 km/h. Se "roubarmos" os 30 minutos de atraso inicial a média sobe para 40 km/h. Conclusão: Ou se tem "menos" quilómetros para que "mais" participantes cheguem ao fim ou se tem "menos" participantes que necessariamente possam andar "mais" rápido.
4) Aplaudimos a possibilidade dada pela organização aos participantes, sobretudo aos motociclistas, de poder tomar banho no final do percurso. (Quem tinha lido o regulamento sabia este facto que omitimos na nossa antevisão.)
5) A participação na pista de obstáculos de veículos sem os dísticos do evento é algo que não deveria de deixar de levantar sérias questões.
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