sábado, 17 de abril de 2004

2004: II Passeio TT ao Douro (Lamego)

Quase 100 quilómetros de um verdadeiro percurso de passeio turístico foi a proposta lançada pelo Clube Automóvel de Lamego aos cerca de 50 aventureiros que no soalheiro Sábado, 17 de Abril, marcaram encontro na capital do Douro Sul. Nos trilhos pelo segundo ano, este passeio teve como pratos fortes as belezas da Serra das Meadas, do Douro e do Rio Balsemão, ou seja, deu bem para encher o olho e a alma.

Muito caminho para andar


O dia começou no parque da cidade onde uma quinzena de 4x4 e mais de 20 motos e quads se reuniram para dar início à jornada matinal que ligaria as cidades de Lamego e da Peso da Régua, com passagem por Póvoa, Fraga, Avões, Penajóia e Lagares, perfazendo um total de quase 60 km, o que pode parecer muito mas, se tivermos em conta as várias ligações de asfalto (quase obrigatórias nesta zona) e as características rolantes do trajecto, faziam-se num instantinho, em especial no caso das motos.

Com o roteiro a apresentar como comentário “divirta-se e desfrute das paisagens” deu-se a saída em direcção ao incontornável Santuário da N. Sra. dos Remédios e pouco depois de passar um ponte românica víamos parado na berma a primeira baixa do dia, curiosamente um veículo de kartcrosse, com problemas de travões. Por esta altura já se percebia que iríamos em direcção à Serra das Meadas vindos de Sul e que o pó seria o visitante mais indesejado de um trajecto impecavelmente fitado.

A primeira maior dificuldade surgiu ao km 17, com uma subida um pouco mais íngreme em terreno mais solto, mas nada que preocupasse alguém da comitiva que lá seguiu em bom ritmo rumo à primeira paragem programada, o pequeno-almoço, ao tardio km 37, num parque de merendas da Serra das Meadas.

De novo em marcha e, pouco depois, surgia outra “dificuldade”, na forma de pista de “motocrosse”, que permitia uma condução um pouco mais agressiva e um olhar mais atento pouco antes de começar a descer em direcção ao rio Douro, que nos ia aparecendo, a espaços, serpenteante nas vastas e belas vistas.
Começam também a surgir os socalcos e os trilhos estreitos feitos pelo Homem nas encostas, reclamando por uma condução mais alerta, surgindo na mira, repetida e chamativamente, lá ao fundo, o Peso da Régua, onde aguardava o almoço, nas instalações do Clube de Caça e Pesca do Alto Douro, pelo que o encurtamento do roteiro, em cerca de 7 km, devido a problemas de passagem, foi muito bem vindo por aqueles que já estavam com água na boca.

Depois do almoço ao ar livre a caravana faz-se de novo à estrada para nordeste para os 40 km da tarde, com os primeiros 15 km ainda na parte superior do Douro, passando perto de Poiares e onde as vinhas dourienses eram o cartaz de visita e novamente uma subida mais inclinada era a maior dificuldade antes de voltar a atravessar o rio na barragem de Bagaúste e mais 5 km de asfalto rumo a Lamego.
Num percurso aparentemente paralelo ao IP3, houve a oportunidade de confirmar mais uma vez um dos problemas desta zona, as lixeiras a céu aberto, uma verdadeira nódoa da região Património da Humanidade, mas que eram rapidamente ofuscadas pelas belezas naturais como no ponto alto da tarde, as vistas que o rio Balsemão proporcionou, na zona de S. Pedro de Balsemão.

Rapidamente percorreram os 10 km do finais, para terminar no ponto de partida, o parque da cidade de Lamego, ainda com bastante tempo para passear pela localidade antes do jantar de fecho, num apropriado local com uma deslumbrante vista privilegiada sobre a região.

Mesmo sendo este evento um passeio turístico, não se pode deixar de fazer o reparo para a falta de zonas alternativas de maior dificuldade que, para além de saciar o ímpeto mais “audaz” de alguns, evita muitas paragens para reagrupamento, em zonas imprevistas e sem qualquer interesse. Por outro lado, um roteiro para este tipo de trajecto ganharia com chamadas de atenção para determinadas paisagens ou sobre os locais no trajecto (serras, localidades, rios, etc.), incitando mesmo à paragem. Apesar de toda a simpatia, empenho e bom trato dos elementos da organização, ficou a sensação que ficou um pouco aquém das expectativas e que têm muito caminho para andar no sentido de aproveitar, com o maior dos sucessos, todas as potencialidades que a zona permite. Mas estão, sem dúvida, no caminho certo.


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sábado, 27 de março de 2004

2004: IV Raid Por Trilhos do Vale do Varosa (Tarouca)

Uma pista de trial e quase 85 km de aventura foi a proposta deste ano que o Moto Clube de Tarouca apresentou para o seu “IV Raid Por Trilhos do Vale do Varosa”, no fim-de-semana de 26 e 27 de Março.
Sexta à noite, o trial recebia os mais “madrugadores” (15 participantes) e Sábado, um percurso duro trazia um pouco de tudo para todos (20 motos e 30 TT) menos a designação de “passeio” com que estava inscrito no Calendário da FPTT (Federação Portuguesa de Todo-o-Terreno) e que poderia induzir em erro a muita boa gente. Isto era um “raide”, sim senhor!
Um “raide”, sim senhor!

O vento gélido duma encosta sobranceira a Tarouca não impediu que uma dezena de aventureiros se lançassem à conquista da pista curta mas bem preparada, onde sobressaía uma passagem desnivelada em troncos que fazia redobrar as atenções.

Bastante público fez frente ao frio e vibrou com algumas prestações mais “aceleradas”, dando assim um colorido e uma recepção especial aos participantes que tiveram direito a preparar o estômago (destaque para a milagreira sopa quentinha) antes da “brincadeira nocturna” na sexta-feira.
Sábado, a manhã reservava 43km com partida de Tarouca em direcção à Sra. do Monte onde se desenrolou o pequeno-almoço. Nestes 3km, com passagem por S. Pedro, deu para apresentar às quase 50 viaturas presentes o tipo de terreno que iria deixar marcas mais profundas: íngreme, seco e com muita pedra solta de dimensões consideráveis.

Novo arranque para 20 km que deveriam ser mais rolantes, não fossem os pequenos infortúnios de alguns, causados sobretudo pelas dificuldades do terreno, que foram provocando paragens sucessivas da caravana. Os trilhos não se mostraram efectivamente amigáveis para todas as viaturas presentes... mesmo as mais ambiciosas.
As paragens notaram-se em especial até chegar a Teixelo, onde contrastavam agora os lameiros e os trilhos relvados entre muros, pouco antes de voltar a subir, visitar a nascente do rio Varosa em direcção à 2ª paragem programada.Perto da capela de Sto. Antão, uma “pista de areia” que, para além do lanche, marcava ainda o início de uma série zonas mais trialeiras que populavam o resto dos 20 km de percurso (passagem por Várzea da Serra, Antas e Razes, terminando a manhã em Lazarim), com especial destaque para uma picada ao km 29, em que a atenção tinha que ser extrema ao longo de quase 700m (!!!).

Depois do almoço ao ar livre em Lazarim, para a tarde estavam reservados 41,5 km onde, tal como de manhã, o pó aparecia a espaços, num percurso com passagem por Esporões, Mondim da Beira, Mondim de Cima, Granja Nova para uma última subida ao santuário da Serra de Sta. Helena antes de terminar na pista de obstáculos de regresso a Tarouca.

As “hostilidades” apareciam logo na 1ª curva com duas longas picadas (uma a merecer alternativa) onde o terreno solto marcava pontos, antecedendo umas descidas cruzando alcatrão onde se confirmava o bom trabalho de controlo que foi apanágio desta organização. Já de manhã se tinha notado ser esta uma zona privilegiada ao nível das paisagens naturais e a beleza e variedade prolongou-se ao longo da tarde, em especial a deslumbrante visão que santuário da Serra de Sta. Helena proporcionava antes de uma picada (leia-se “descida”) de quase 1 km que rematava as dificuldades naturais do percurso deste dia. Antes do jantar em Tarouca, a pista de trial fazia as delícias daqueles (poucos certamente) que ainda tinham apetite para mais dificuldades, tendo sido sentida a falta de elementos da organização para controlar, em determinados pontos da pista, o público que marcou presença em bom número. Talvez a única falha (mínima) que se conseguiu detectar.

A fechar, fica a nota que, apesar do evento estar inscrito no Calendário da FPTT, isso não impediu que surgisse no mesmo calendário outra actividade em Viseu, no mesmo distrito, a menos de uma hora de distância...
Curioso foi ainda encontrar quem comentasse que este evento tinha muito mais gente quando não estava sob a batuta de federação.
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domingo, 15 de fevereiro de 2004

2004: II Passeio TT "À Descoberta do Douro Românico" (Tabuaço)

Pelo segundo ano duas agremiações de Tabuaço, o MotoClube Rabelos do Asfalto e a Associação Juvenil Abel Botelho, unem esforços para levar a aventura do TT àquelas terras à beira Douro. No Domingo, 15 de Fevereiro, e para grande surpresa, a edição deste ano contou com uma afluência invulgar das motos (39 participantes) que “rivalizaram” com um bom número de viaturas (44). Por outro lado, a “suavidade” do percurso surpreendeu alguns dos presentes, habituados a muitas mais dificuldades...
Passeio rolante

A manhã de domingo acordou nublada depois de uma semana onde o Sol dominou, com a chuva, contrária aos desejos da organização deste passeio, se mostrou arredia desta zona duriense, prejudicando um percurso que em muito beneficiaria com a lama para dificultar as coisas.

Os 28 km matinais desenrolaram-se para Norte de Tabuaço, ou seja, em direcção ao Douro, tendo as naturais pinceladas de vinhas e oliveiras. O percurso levava a comitiva a passar por Balsa e Valença do Douro para depois “roçar” o Douro e o rio Távora.
Como a navegação não apresentava dificuldades, visto que estava quase tudo fitado ou então com elementos da organização a indicar caminho, restava tentar apreciar as belas paisagens vinhateiras (sempre que o clima permitia). Por outro lado a ausência da quilometragem parcial do roteiro (road-book), obrigava a fazer contas que, rapidamente, retiravam a vontade de o utilizar, até porque este não continha grandes informações históricas sobre as zonas românicas que se estariam a descobrir...

A merecer registo o facto de, de manhã, estarem previstas 3 “grandes travessuras”: Ao km 3 com uma alternativa por uma passagem de água; ao km 9 uma subida em que o roteiro aconselha a utilização de tracção (?!?!?) e quase a fechar, ao km 26, uma picada para aguçar o apetite para o almoço, já de regresso até uma quinta perto de Tabuaço.
Se a manhã tinha sido calma, a tarde mais calma foi ainda. Ao todo, quase 29 km em que pontuaram belos estradões numa paisagem mais agreste, rumo a Sul da sede de concelho. A viagem, que terminava numa pista de trial junto a uma pedreira, desenrolou-se por Barcos, Chavães, Longa e novamente Chavães, sem que estivessem previstas nenhumas zonas alternativas de maior dificuldade.
Ora, como acontece em muitas ocasiões, esta opção de não ir colocando alternativas mais “duras” acaba por ser uma má ideia. O ímpeto “aventureiro” de alguns participantes leva-os a procurar emoções por própria conta e risco (o que nem sempre traz bons resultados), mesmo que à espera deles esteja uma zona trialeira. Foi o que acabou por acontecer em especial numa zona onde a lama e uma inclinação à beira do trajecto já perto do final deu azo a alguns “atolanços” e alguma chapa amolgada.
Apesar do Sol ter aparecido da parte da tarde, aquando da chegada à pista de trial, por volta das 17h30, o frio já tinha assentado arraiais e como não ia haver jantar, um caldo verde veio mesmo a calhar. Talvez porque as vistas da pista, do local onde se agrupou a caravana, não eram das melhores, o grosso do grupo depressa dispersou, logo após a entrega das lembranças.

Acabou por ser um dia onde o termo “passeio” é a mais pura descrição, óptimo para quem pretendia ter o primeiro contacto com todo-terreno (sobretudo quando bem aliado aos patrimónios natural e histórico). Quanto à organização, demonstrou muitos cuidados (talvez demasiados nalguns pormenores) e bons recursos para evoluir muito positivamente.

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quinta-feira, 1 de janeiro de 2004

Ano 2004

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.II "À Descoberta do Douro Românico"
.15 de Fevereiro : Tarouca
.Pelo segundo ano duas agremiações de Tabuaço, o MotoClube Rabelos do Asfalto e a Associação Juvenil Abel Botelho[...].
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.IV Raide Por Trilhos do Vale do Varosa
.26 e 27 de Março : Tarouca
.Uma pista de trial e quase 85 km de aventura foi a proposta deste ano que o Moto Clube de Tarouca apresentou[...]
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.II Passeio TT ao Douro
.17 de Abril : Lamego
.Quase 100 km de um verdadeiro percurso de passeio turístico foi a proposta lançada pelo Clube Automóvel de Lamego[...]
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