domingo, 15 de fevereiro de 2004

2004: II Passeio TT "À Descoberta do Douro Românico" (Tabuaço)

Pelo segundo ano duas agremiações de Tabuaço, o MotoClube Rabelos do Asfalto e a Associação Juvenil Abel Botelho, unem esforços para levar a aventura do TT àquelas terras à beira Douro. No Domingo, 15 de Fevereiro, e para grande surpresa, a edição deste ano contou com uma afluência invulgar das motos (39 participantes) que “rivalizaram” com um bom número de viaturas (44). Por outro lado, a “suavidade” do percurso surpreendeu alguns dos presentes, habituados a muitas mais dificuldades...
Passeio rolante

A manhã de domingo acordou nublada depois de uma semana onde o Sol dominou, com a chuva, contrária aos desejos da organização deste passeio, se mostrou arredia desta zona duriense, prejudicando um percurso que em muito beneficiaria com a lama para dificultar as coisas.

Os 28 km matinais desenrolaram-se para Norte de Tabuaço, ou seja, em direcção ao Douro, tendo as naturais pinceladas de vinhas e oliveiras. O percurso levava a comitiva a passar por Balsa e Valença do Douro para depois “roçar” o Douro e o rio Távora.
Como a navegação não apresentava dificuldades, visto que estava quase tudo fitado ou então com elementos da organização a indicar caminho, restava tentar apreciar as belas paisagens vinhateiras (sempre que o clima permitia). Por outro lado a ausência da quilometragem parcial do roteiro (road-book), obrigava a fazer contas que, rapidamente, retiravam a vontade de o utilizar, até porque este não continha grandes informações históricas sobre as zonas românicas que se estariam a descobrir...

A merecer registo o facto de, de manhã, estarem previstas 3 “grandes travessuras”: Ao km 3 com uma alternativa por uma passagem de água; ao km 9 uma subida em que o roteiro aconselha a utilização de tracção (?!?!?) e quase a fechar, ao km 26, uma picada para aguçar o apetite para o almoço, já de regresso até uma quinta perto de Tabuaço.
Se a manhã tinha sido calma, a tarde mais calma foi ainda. Ao todo, quase 29 km em que pontuaram belos estradões numa paisagem mais agreste, rumo a Sul da sede de concelho. A viagem, que terminava numa pista de trial junto a uma pedreira, desenrolou-se por Barcos, Chavães, Longa e novamente Chavães, sem que estivessem previstas nenhumas zonas alternativas de maior dificuldade.
Ora, como acontece em muitas ocasiões, esta opção de não ir colocando alternativas mais “duras” acaba por ser uma má ideia. O ímpeto “aventureiro” de alguns participantes leva-os a procurar emoções por própria conta e risco (o que nem sempre traz bons resultados), mesmo que à espera deles esteja uma zona trialeira. Foi o que acabou por acontecer em especial numa zona onde a lama e uma inclinação à beira do trajecto já perto do final deu azo a alguns “atolanços” e alguma chapa amolgada.
Apesar do Sol ter aparecido da parte da tarde, aquando da chegada à pista de trial, por volta das 17h30, o frio já tinha assentado arraiais e como não ia haver jantar, um caldo verde veio mesmo a calhar. Talvez porque as vistas da pista, do local onde se agrupou a caravana, não eram das melhores, o grosso do grupo depressa dispersou, logo após a entrega das lembranças.

Acabou por ser um dia onde o termo “passeio” é a mais pura descrição, óptimo para quem pretendia ter o primeiro contacto com todo-terreno (sobretudo quando bem aliado aos patrimónios natural e histórico). Quanto à organização, demonstrou muitos cuidados (talvez demasiados nalguns pormenores) e bons recursos para evoluir muito positivamente.

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