domingo, 17 de fevereiro de 2008

II Trilhos de Zaatam - 17 de Fevereiro

Já estão encontrados os números a bater em termos de participação num passeio neste ano, com mais de 260 participantes distribuídos por mais de 150 viaturas que disseram "presente" na segunda edição do "Trilhos de Zaatam", organizado pela N_Gestus Associação Juvenil de Sátão. Os números apenas confirmam que este dia 17 de Fevereiro foi, sobretudo, um grande dia para todo terreno turístico no distrito de Viseu.
Sucesso Bem Pensado
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Mais de 80 jipes e 75 motos, com domínio para os quads, não quiseram faltar à edição de 2008 do "Trilhos de Zaatam", pulverizando-se em mais de uma centena o número de pessoas atingido na primeira edição, que foi de 160.
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Para estes resultados, certamente contribuiu o sucesso do "pacote família" que oferecia condições vantajosas de inscrição e que foi aproveitado por 20 famílias para neste dia visitar as terras e as vistas da zona de Sátão.
Para esta manhã, que acabou por ser soalheira, os 50 quilómetros propostos para os jipes (quase 100 para as motos), marcados por setas e fitas, destacaram-se pela escolha muito bem ponderada de alternar trilhos lisos e rápidos com outras vias mais complicadas, quer pela inclinação quer pelo próprio piso (enlameado, rochoso, etc.), quebrando assim qualquer rotina mas mantendo uma vasta caravana em movimento o mais possível.
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Foi preciso chegar ao quilómetro 13 para que uma "zona de diversões" numa antiga pedreira fizesse um primeiro ajuntamento da caravana, a poucos quilómetros da primeira paragem oficial, na Quinta da Taboadela, para retemperar forças e para uma prova de vinhos.
A manhã, que em termos de dificuldade ia pouco além da "rota" [passeio, rota, raide, trial] para os jipes, depois da saída de Sátão, incluiu a passagem por Serrazela, Fontainhas, Afonsim, Lajes, Serra do Seixo, Taboadela, Ponte Ferreira, Silvã, Carvalhal da Romãs, Soito de Loufar, Rãs, Santuários do Senhor dos Caminhos e da Senhora da Agonia, Avelal, Serra do Seixo e Barro Branco, pouco antes de regressar à base.
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Depois de mais uma semana seca, alguns trilhos já largavam algum pó em certas zonas, mas um vento intenso quase sempre limpava o caminho e trajecto variado incluía pontos onde a lama e até a água surgiam "do nada" e davam direito a mais alguns breves momentos de pura diversão.
Dos pontos altos da manhã, não pode escapar a menção à passagem pelo Rio Sátão, mas a verdade é que com tantos pontos de interesse, quer pelas dificuldades (que muitas vezes aumentaram devido à passagem de uma comitiva tão extensa), quer pelas magníficas zonas ou pelas belas paisagens, a manhã passou num instante.
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De resto, só resta imaginar como teria sido o dia caso os trilhos estivessem mais molhados... Teria sido "o fim do mundo" para quem adora a lama, se bem que mesmo assim ainda ficou muito bem servido. A chuva que andou fugidia a semana toda, lá apareceu já quando era tempo de almoçar, já de volta ao Sátão.
À saída do almoço, a chuva forte já tinha tomado conta do ambiente. Para a parte da tarde estavam preparadas duas pistas de obstáculos, uma para motos e outra para os jipes, que rapidamente viram as suas dificuldades sendo aumentadas em consequência da carga de água que entretanto ia caindo.
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A pista reservada para os jipes apresentou-se muito completa e variada em termos de desafios que se sucediam rapidamente, apenas dando a sensação de ser curta para quem estava de fora, fruto do seu traçado que economizou bastante terreno, provando que não é preciso muito espaço para fazer a festa.
Apesar da chuva, o público santense não quis perder o espectáculo e marcou presença em bom número, havendo quem certamente para a próxima trará calçado mais propício a terrenos dominados pela lama para não perder pitada.
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A zona reservada às motos estava com uma extensão superior à dos jipes e mais se assemelhava a uma pista de motocrosse, com tanto voo das máquinas. Com a chuva e as passagens, a lama começou a dominar e a tornar, também aqui, mais difícil manter as viaturas no caminho certo.
As condições do piso levaram até a que se contornassem algumas das dificuldades, por opção da organização ou dos participantes que se aventuraram, alguns com todo o ímpeto, nesta zona reservada ao espectáculo.
A iniciativa acabou com os resistentes a retemperar forças junto a um porco no espeto, em mais um momento de convívio onde as peripécias da jornada marcaram mais um dia bem passado.
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Para finalizar há que dar os parabéns à organização, a N_Gestus Associação Juvenil de Sátão, pelo dia que preparou mas em especial por mais uma vez ter estado à altura dos acontecimentos, em que tudo pareceu pensado ao milímetro, mas sobretudo porque soube lidar (e antecipar-se na maior parte dos casos) com o facto de ter que cuidar de tão grande número de participantes. Há no entanto que reconhecer que também foi bafejada por alguma sorte, por exemplo, em termos atmosféricos da parte matinal.

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PONTUAÇÃO CENTRALTT (0-5):
PERCURSO TOTAL: 4
Zonas difíceis: 3
Passagens de água: 3
Paisagens: 4
Grau de dificuldade: 2
ORGANIZAÇÃO TOTAL: 4
Atraso na partida: 3
Roteiro (setas+fitas): 4
Apoio no terreno: 4
Bombeiros: 4
Apoio médico: n.d.
Refeições: 4
Alojamento: n.d.
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Notas à organização:
1) A "fitagem" (ou um croqui de percurso) de uma "zona de diversão", naturalmente opcional e sem ter características de pista de obstáculos pura, pode ser uma boa ideia, apesar retirar um certo espírito de descoberta, dado que aumenta as possibilidade de mais pessoas terem a oportunidade de aproveitar ao máximo a zona proposta.
2) A repetição de trilhos, embora possa ser mesmo inevitável, deve ser algo a evitar por razões de segurança, nalguns casos, mas sobretudo pela sensação negativa e até confusão que pode causar nos participantes.
3) A inclusão de pequenos percursos alternativos de dificuldade quase extrema poderia ser uma opção a ter em conta para ir ao encontro dos mais trialeiros, salvaguardando cuidadosamente a progressão da caravana. É que por estas bandas há sempre quem procure dificuldades onde não deve quando anda durante muito tempo...
4) A criação de uma zona de parque mais extensa para os jipes ou o estudo de uma forma alternativa de acesso à zona de trial, são algumas opções para tentar evitar que se complique tanto o trânsito local e que permite também que todos os participantes possam, desde o primeiro momento se o desejarem, assistir ao decorrer das participações.

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