sábado, 9 de fevereiro de 2008

Passeio TT Bombeiros Voluntários de Tondela - 09 de Fevereiro

Os Bombeiros Voluntários de Tondela foram para o terreno em força para acompanhar o seu primeiro passeio todo terreno. Depois de uma manhã rolante e turística com a Serra do Caramulo como grande cartaz, uma tarde com mais dificuldades acabou por encher as medidas de quase uma centena de viaturas e de quem aprecia sobretudo a vertente mais aventureira destas iniciativas.

A Verdadeira Aventura

Um roteiro ("road-book"), que só se pode classificar de excelente, definiu de forma exemplar os trilhos suaves que, mesmo depois de uma semana seca, acabaram por estar em boas condições para receber mais de 30 jipes e quase 60 motos (com o domínio a fugir aos quads) com o Sol a marcar também a sua presença.
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O percurso rolante da manhã de mais de 60 quilómetros rondava as localidades de Naia, Mosteiro de Fráguas, Caparrosa, Eiras, Silvares, Caramulo, Caramulinho, Malhapão de Cima, Barreiro de Besteiros, Corveiro, Várzea do Homem e Dardavaz para terminar no Santuário de Nossa Senhora da Esperança para o almoço, com uma alteração introduzida no percurso antes de Caparrosa em consequência de uma montaria. Poucos quilómetros depois de dada a partida e já se podiam encontrar alguns participantes literalmente "aos papéis" tentando encontrar o rumo desta aventura que viu a sua primeira passagem de água, só para molhar os rodados, antes de Mosteiro de Fráguas, ao quilómetro 8 no Rio Dinha.
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Mas o ponto alto da manhã, sobretudo na componente turística, estava concentrado na Serra do Caramulo, com um convite a ver as paisagens da Capela de São Barnabé, "cujo telhado é inteiramente em granito", e do Parque Eólico numa altitude a rondar os mil metros. Passada a primeira metade do percurso matinal, a caravana encontrava-se agora numa toada rolante, com passagem sobretudo por zonas verdes e algumas localidades, com sucessivas mudanças de piso e com alguns alertas que iam aparecendo no roteiro a servirem apenas para manter uma atitude de atenção e segurança na condução.
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Passado já o total de meia centena de quilómetros, em que o asfalto esteve muito presente, tal como elementos da organização nos pontos-chave, eis que surge a travessia do Rio Criz, antes de Várzea do Homem, que fez as delícias da comitiva e que, havendo oportunidade de repetir, certamente ninguém se negaria.Mais alguns quilómetros e ainda cedo estava encontrado, pelo menos pela maioria, o local do almoço, junto Santuário de Nossa Senhora da Esperança, com uma bela vista sobre a região.
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Tal como tinha sido avisado no "briefing" da manhã, a tarde seria mais dura, com pouco mais de 35 quilómetros, num percurso a Sul de Tondela, por zonas de Adiça, Dardavaz, Alambique e Vila Nova da Rainha, antes do regresso a Tondela.
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Quatro quilómetros depois de reiniciada a marcha e depois de um aviso, um corta-fogo a subir punha a caravana em sentido.
Seguiu-se uma descida que exigia algum cuidado mas nem se tinha andado mais dois quilómetros e a comitiva era obrigada a nova paragem, agora mais comprida, fruto de um corta-fogo que teimava em ser intransponível e que se tornou o prato forte da tarde.
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As sucessivas tentativas dos participantes foram "amaciando" o terreno solto que mesmo assim se mostrou inconquistável para os jipes que perdiam qualquer impulso num "degrau" inicial, com apenas um par de motos a conseguir, com sorte e saber, chegar a bom porto.Com tamanhas dificuldades e com tantos a estar dispostos a tentar foi fácil perder noção do tempo, mas lá se retomou o caminho, agora com alguns pontos, ora a subir, ora a descer, cuja aparência era por vezes de impor respeito mas que não constituíram dificuldades de maior. Tivesse chovido essa semana e o caso mudaria de figura.
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Antes ainda do regresso, uma paragem ao quilómetro 24 da tarde, em Vila Nova da Rainha para um lanche e mais um momento de convívio.Os quilómetros finais em direcção a Tondela, foram sobretudo rolantes, destacando-se os quase 7 km de "linha de caminho de ferro do Dão", tendo ainda que ser feito um novo desvio do percurso previsto (para evitar novamente a montaria), terminando o dia, depois de algumas horas de pausa, num jantar no quartel.
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Para finalizar, estão de parabéns em termos organizativos, os Bombeiros Voluntários de Tondela, cuja precisão quase "militar" saltou à vista, e os
participantes que em bom número vieram ajudar uma nobre causa e que demonstraram que se pode fazer um passeio no distrito recorrendo apenas a um roteiro como forma de orientação, que transformam realmente estas iniciativas em verdadeiras aventuras.
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PONTUAÇÃO (0-5):
PERCURSO TOTAL: 4
Zonas difíceis: 4
Passagens de água: 3
Paisagens: 4
Grau de dificuldade: 3
ORGANIZAÇÃO TOTAL: 4
Atraso na partida: 2
Roteiro (road-book): 5
Apoio no terreno: 4
Bombeiros: (...)
Apoio médico: n.d.
Refeições: 4
Alojamento: n.d.
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Notas à organização:
1) Não é todos os dias que atribuímos um 5 nas nossas avaliações. O roteiro ("road-book") deste dia merece-o, havendo naturalmente sempre lugar a melhorias.
2) Mais de 40% de asfalto num evento de todo terreno é uma percentagem demasiado grande, mesmo que não se note demasiado no desenrolar da ronda.
3) A repetição de trilhos, embora possa ser mesmo inevitável, deve ser algo a evitar por razões de segurança, nalguns casos, mas sobretudo pela sensação negativa que causa nos participantes.
4) Uma pista de obstáculos no final, (algo que foi indicado à CentralTT que existiria aquando da pesquisa para a nossa notícia de antevisão) por mais limitada que fosse, teria sido uma excelente maneira de ocupar as horas que separaram a chegada de alguns e a hora do jantar, para além de ir ao encontro de muitos que apreciam a componente mais trialeira do todo terreno.

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