domingo, 2 de março de 2008

II Passeio TT de Molelos - 02 de Março

Com base em Molelos e com a Serra do Caramulo como pano de fundo, o Grupo de Cicloturismo "Sempre a 30" juntou no domingo, 02 de Março, no seu segundo passeio 25 jipes e meia centena de motos num dos mais compridos eventos de todo terreno do ano. Estavam previstos 120 quilómetros e foram completados...Desafio Cumprido
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Depois de uma semana com bastante chuva, o fim-de-semana foi bafejado com céu azul, apesar de neste domingo, para estes lados de Tondela, o dia ter começado com alguma neblina ou nevoeiro a esconder o Sol.
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Esta acabou por ser uma jornada em que quase tudo estava preparado para satisfazer as necessidades das motos, em que só para a manhã estavam fitados quase 70 quilómetros, com partida e chegada a Molelos, numa ronda que passava por terras de Ribeira, Vilar de Besteiros, Mosteiro de Fráguas, Santiago de Besteiros, Caramulo, Caramulinho, Malhapão de Baixo, Tourigo, Borralhal, Carrascal, Várzea do Homem e Molelinhos.A primeira metade matinal ficou caracterizada por trilhos rolantes e suaves, ora entre verdejantes prados, ora rodeados de eucaliptos, pinheiros ou floridas mimosas, com uma ou outra poça de água (ou lama) a dar um ar da sua graça.
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Foi preciso chegar quase ao quilómetro 25 para ver a primeira dificuldade, uma zona mais rochosa que obrigou a reduzir a velocidade por alguns momentos, algo que só aconteceria com uma zona de caminhos mais estreitos pouco antes de rumar por asfalto rumo à Serra do Caramulo.Depois de conquistada a encosta, o que demorou quase meia hora utilizando um longo corta-fogo e uns apertados trilhos rochosos, as paisagens tomaram conta da caravana que continuava a elevado ritmo agora em terrenos mais aplanados.
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Tempo agora de descer à Terra, com alguma atenção nalguns locais mais estreitos e com o pó a aparecer pela primeira vez, sendo ainda possível encontrar a primeira zona mais complicada pela inclinação, primeiro a descer e depois a subir, já de novo em bosques planos e antes ainda de uma para primeira paragem oficial, a escassos 15 km do almoço nas aprazíveis instalações da S.M.I.R., a Sociedade Musical de Instrução e Recreio.De novo em marcha, o percurso da tarde começou logo a mostrar algumas ligeiras dificuldades através de algumas zonas de maior inclinação numa zona que, ao fim de certo tempo, mais parecia um labirinto dentro da floresta, terminando com perto de uma dezena de quilómetros de pura aceleração na antiga linha ferroviária do Dão.
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De novo em trilhos mais complicados o destaque para um primeiro corta-fogo mais longo e para uma picada que três semanas antes se tinha mostrado intransponível para os jipes mas que desta vez foi conquistada por um dos poucos que se atreveram a aceitar o desafio.O roteiro da tarde continha perto de 50 quilómetros que passavam por zonas de Botulho, Molelinhos, Ermida, Adiça, Tonda, Vila Nova de Tonda, Mourás, Zona Industrial de Tondela, Saldonas e Várzea do Homem, tudo antes de chegar a Molelinhos onde estavam preparadas as pistas finais.
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Numa zona mais plana foi criada uma pista para as motos, com algumas rampas que permitiam às máquinas voar por breves instantes e com partes onde a rapidez era a palavra de ordem.De resto, pode mesmo dizer-se que o maior entretenimento nesta altura foi apresentado pelas motos que deram a ver, ao pouco público que decidiu ver as máquinas em acção, alguns excelentes momentos de perícia e audácia.
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Na encosta estava a parte reservada aos jipes. Com as viaturas a ficarem repetidamente presas numa vala demasiado curta para dar qualquer hipótese de saída, quebrou-se o ritmo e interesse da audiência, somando-se ainda o facto de o resto da pista não oferecer pontos de interesse de maior, pela quase ausência de dificuldades.O dia acabou novamente na SMIR, com um saboroso jantar que, juntamente com o almoço, merecem uma menção especial pela sua excelente preparação.
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Para fechar, está também de parabéns de um modo geral a organização, o Grupo de Cicloturismo "Sempre a 30", por lançar um desafio tão comprido, sobretudo no que toca aos jipes, iniciativa que é bem-vinda por não ser assim tão usual, devendo, no entanto, mostrar mais atenção para com estas máquinas e suas características para que, em edições futuras, a qualidade atinja mais elevados patamares.

...:::......:::...Zona:Exclusiva:CentralTT...:::......:::...
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PONTUAÇÃO CENTRALTT (0-5):
PERCURSO TOTAL: 4
Zonas difíceis: 3
Passagens de água: 2
Paisagens: 4
Grau de dificuldade: 3
ORGANIZAÇÃO TOTAL: 3
Atraso na partida: 5
Roteiro (setas+fitas): 4
Apoio no terreno: 3
Bombeiros: n.d.
Apoio médico: n.d.
Refeições: 4
Alojamento: n.d.
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Notas à organização:
1) "Briefing"???.
2) A paragem de reabastecimento acabou por ser tardia e sobretudo muito próxima do final da etapa matinal. Não é de prever que uma caravana ande mais de duas horas (mais de 50 km de monte) sem fazer qualquer paragem.
3) A inclusão de pequenos percursos alternativos de dificuldade quase extrema pode ser uma opção a ter em conta para ir ao encontro dos mais trialeiros, salvaguardando cuidadosamente a progressão da caravana.
4) A presença da organização no terreno não se limita a estar em pontos de intercepção com outras vias. Elementos e equipamentos da organização devem estar nas principais zonas onde as dificuldades podem surgir, dando assim alguma segurança aos participantes.
5) É pena que um evento destes, aberto ao exterior, não aposte mais na componente turística local, ou seja, no que a zona tem para oferecer. Ir a Molelos e não ficar a conhecer o trabalho das olarias é algo que não passaria pela cabeça de ninguém...

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