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Não é todos os dias que uma série de factores se conjugam de forma tão exemplar para partir à aventura. Sol e caminhos livres de pó já são um bom começo, mas quando somados a belas paisagens intercaladas com zonas desafiadoras, tudo se entrelaça para completar um cenário que encheria as medidas de qualquer amante do todo terreno.
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A etapa da manhã rumava de Galvã sobretudo a Sul, penetrando em terras de Tarouca, passando por Lalim, Santuário do Cristo-Rei, Gondomar, Mondim, Teixelo, Santuário de Santa Helena e terminando com o almoço na zona das minas de Santo Antão, num percurso para os jipes de 40 quilómetros e de 60 para as motos.

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Os trilhos não quase nunca se apresentaram suaves e as inclinações aconselhavam atenção, sobretudo às viaturas menos preparadas para estas andanças, mas como fruto de tanto esforço eis que a caravana se vê rodeada por paisagens a perder de vista, mesmo deixando nas suas costas as marcas vinhateiras do rio Douro.

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Reunida a caravana no local do pequeno-almoço, em Mondim, os 20 quilómetros (o dobro para as motos) até ao local do almoço, passaram a voar, apesar de haver a segunda zona do dia a merecer alternativa, pouco depois de Teixelo, com um complicado piso rochoso mas que, tal como o resto do trajecto, caso tivesse chovido, deixaria muitas mais marcas. Assim a comitiva, chegou cedo e optou por dar a volta pela pista de areia ainda antes de tratar do estômago.

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Retemperados os corpos, o percurso de 30 quilómetros da tarde (mais 20 para as motos) passava por Várzea da Serra, Antas de Mazes, Perafita, Mata da Terra Preta, Melcões e Lanhosa, antes de chegar à Galvã, surgindo logo uma "fuga" para molhar as rodas e conquistar uma vertente bem junto às piscinas de Várzea da Serra, ponto que proporcionou alguns momentos espectaculares, ainda antes de chegar ao rio Varosa.

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Destaque ainda para a passagem pelos aprazíveis bosques dominados por pinheiros junto a Mata da Terra Preta em que uma ou outra subida merecia melhor preparação, momentos antes do regresso à Galvã, onde bastante público e uma brilhante pista aguardava.

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Um a um, os mais afoitos que se aventuraram foram sendo acompanhados por parte do público, que não queria perder as prestações, primeiro num sentido e depois no outro, aqui só mesmo para alguns, tal foi aumento drástico da dificuldade de uma rampa.

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Há naturalmente espaço para melhorias que resultam sobretudo da necessidade de qualquer entidade que se propõe organizar este tipo de evento estar mais por dentro desta área para que, quer o evento em si, quer o número de pessoas que nele participa, sejam mais beneficiados.
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PERCURSO TOTAL: 4
Zonas difíceis: 4
Passagens de água: 3
Paisagens: 4
Grau de dificuldade: 4
ORGANIZAÇÃO TOTAL: 3
Atraso na partida: 2
Roteiro (setas+fitas): 4
Apoio no terreno: 3
Bombeiros: n.d.
Apoio médico: n.d.
Refeições: 3
Alojamento: n.d.
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Notas à organização:
1) "Briefing"???
2) Não há problema nenhum em ser-se amador, mas há pormenores que distinguem as organizações, sobretudo a forma profissional como lidam com os assuntos. Esta organização já tem tudo para realizar um evento para os amigos mas será que agradará totais desconhecidos? E se, de repente, o número de participações duplicasse?
3) A presença das organizações (humana e de equipamentos) deve ser sentida nos pontos de maior dificuldade e mesmo nas zonas destinadas à diversão, cabendo à organização definir um percurso e tentar garantir que este é cumprido sem demasiadas "escapadelas".
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