sábado, 1 de março de 2008

III Passeio TT da Galvã - 01 de Março

No primeiro dia de Março, uma iniciativa da Associação de Moradores de Galvã percorreu não só terrenos desta aldeia da freguesia de Cepões, Lamego, como deu um pulinho ao vizinho concelho de Tarouca, durante a terceira edição do Passeio TT de Galvã. Apesar de haver um outro evento a escassas duas dezenas de quilómetros, perto de uma quinzena de jipes e 40 motos marcaram presença neste dia cheio de dificuldades, paisagens e bom ambiente que culminou com uma excelente pista de obstáculos. Um dia em que quase tudo encaixou na perfeição.
Tudo A Favor
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Não é todos os dias que uma série de factores se conjugam de forma tão exemplar para partir à aventura. Sol e caminhos livres de pó já são um bom começo, mas quando somados a belas paisagens intercaladas com zonas desafiadoras, tudo se entrelaça para completar um cenário que encheria as medidas de qualquer amante do todo terreno.
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A etapa da manhã rumava de Galvã sobretudo a Sul, penetrando em terras de Tarouca, passando por Lalim, Santuário do Cristo-Rei, Gondomar, Mondim, Teixelo, Santuário de Santa Helena e terminando com o almoço na zona das minas de Santo Antão, num percurso para os jipes de 40 quilómetros e de 60 para as motos.Não foi preciso muito para que surgisse a primeira "picada", com alternativa e bem assinalada com a indicação que era "Para Teimosos", em que a entrada inicial se mostrava complicada e a restante subida recheada de pedras grandes e soltas que obrigavam mãos e máquinas a um esforço suplementar.
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Os trilhos não quase nunca se apresentaram suaves e as inclinações aconselhavam atenção, sobretudo às viaturas menos preparadas para estas andanças, mas como fruto de tanto esforço eis que a caravana se vê rodeada por paisagens a perder de vista, mesmo deixando nas suas costas as marcas vinhateiras do rio Douro.Já passado o Santuário do Cristo-Rei, na zona de Gondomar, parte da caravana viu-se obrigada a voltar para trás pela posição de um homem que atravessou o seu tractor no caminho e colocando-se ele próprio à frente das viaturas reclamando por alegadamente uma moto ter passado pelo seu terreno (precisamente para o ultrapassar) e desta forma exigindo a presença da organização sem ter tentado sequer saber qual era esta.
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Reunida a caravana no local do pequeno-almoço, em Mondim, os 20 quilómetros (o dobro para as motos) até ao local do almoço, passaram a voar, apesar de haver a segunda zona do dia a merecer alternativa, pouco depois de Teixelo, com um complicado piso rochoso mas que, tal como o resto do trajecto, caso tivesse chovido, deixaria muitas mais marcas. Assim a comitiva, chegou cedo e optou por dar a volta pela pista de areia ainda antes de tratar do estômago.A pista acabou por quase só se resumir a uma rampa mais complicada com o grupo a partir para um curto percurso mesmo ali ao lado que gerou mais alguns bons momentos, acabando ainda por rumar em direcção a uma curta rampa que, não sendo impossível, tinha um declive de meter respeito, fechando brilhantemente a manhã.
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Retemperados os corpos, o percurso de 30 quilómetros da tarde (mais 20 para as motos) passava por Várzea da Serra, Antas de Mazes, Perafita, Mata da Terra Preta, Melcões e Lanhosa, antes de chegar à Galvã, surgindo logo uma "fuga" para molhar as rodas e conquistar uma vertente bem junto às piscinas de Várzea da Serra, ponto que proporcionou alguns momentos espectaculares, ainda antes de chegar ao rio Varosa.Houve quem se visse obrigado a conhecer mais de perto as cristalinas vestes deste curso de água, na zona de Antas de Mazes, num ponto que marcou um breve reencontro dos jipes com as motos nesta procura agora do Norte.
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Destaque ainda para a passagem pelos aprazíveis bosques dominados por pinheiros junto a Mata da Terra Preta em que uma ou outra subida merecia melhor preparação, momentos antes do regresso à Galvã, onde bastante público e uma brilhante pista aguardava.A pista final foi a melhor surpresa do dia, revelando-se uma das melhores pistas do ano, certamente a melhor feita artificialmente, num plano inclinado com uma sucessão variada e recheada de obstáculos, sendo até difícil encontrar algum que não estivesse presente.
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Um a um, os mais afoitos que se aventuraram foram sendo acompanhados por parte do público, que não queria perder as prestações, primeiro num sentido e depois no outro, aqui só mesmo para alguns, tal foi aumento drástico da dificuldade de uma rampa.Para fechar, damos naturalmente os parabéns à organização, a Associação de Moradores de Galvã, pela sua iniciativa, sobretudo por ser a única que chegou à CentralTT num concelho tão importante deste distrito.
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Há naturalmente espaço para melhorias que resultam sobretudo da necessidade de qualquer entidade que se propõe organizar este tipo de evento estar mais por dentro desta área para que, quer o evento em si, quer o número de pessoas que nele participa, sejam mais beneficiados.

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PONTUAÇÃO CENTRALTT (0-5):
PERCURSO TOTAL: 4
Zonas difíceis: 4
Passagens de água: 3
Paisagens: 4
Grau de dificuldade: 4
ORGANIZAÇÃO TOTAL: 3
Atraso na partida: 2
Roteiro (setas+fitas): 4
Apoio no terreno: 3
Bombeiros: n.d.
Apoio médico: n.d.
Refeições: 3
Alojamento: n.d.
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Notas à organização:
1) "Briefing"???
2) Não há problema nenhum em ser-se amador, mas há pormenores que distinguem as organizações, sobretudo a forma profissional como lidam com os assuntos. Esta organização já tem tudo para realizar um evento para os amigos mas será que agradará totais desconhecidos? E se, de repente, o número de participações duplicasse?
3) A presença das organizações (humana e de equipamentos) deve ser sentida nos pontos de maior dificuldade e mesmo nas zonas destinadas à diversão, cabendo à organização definir um percurso e tentar garantir que este é cumprido sem demasiadas "escapadelas".

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