sábado, 8 de setembro de 2007

Todos no Trilho do Vinho do Dão - 08 de Setembro

Este ano o “Todos no Trilho” faz 15 anos, promovendo as aventuras de todo terreno pela zona de Nelas, em pleno coração do Dão no distrito de Viseu, sempre pela mão da Secção Desportiva da Associação Desportiva Recreativa e Cultural Cimo do Povo. Aproveitando a Festa/Feira do Vinho do Dão (uma iniciativa da Câmara Municipal de Nelas), somaram-se esforços e Sábado, dia 8 de Setembro, 53 viaturas partiram para o Passeio TT “Todos no Trilho do Vinho do Dão”, onde não faltaram as provas de vinho, de queijo da Serra e outros sabores destas terras. As provas no terreno foram superadas...
Aprovado
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A manhã acordou fresquinha para os lados de Nelas, neste que foi um dia com duas iniciativas de todo terreno inscritas no calendário oficial da FPTT (Federação de Todo Terreno Turístico). Mesmo assim 23 jipes, 12 motos e 18 quads responderam à chamada nesta jornada que marca o “regresso à escola” depois da travessia do deserto das férias de Agosto.
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Desde as 7h30 que no parque da Associação Desportiva Recreativa e Cultural Cimo do Povo se foram concentrando os cerca de 70 aventureiros que depois de um consolador pequeno-almoço, tiveram direito a um “briefing” que teve a curiosidade de contar com umas palavras de boas-vindas da Presidente da Câmara Municipal de Nelas.
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Era sabido que o pó e o calor estavam na cartilha deste dia mas, poucos metros depois de entrar na terra, um abençoado vento auxiliar lá limpava os corredores que na parte da manhã se estenderam por perto de 40 quilómetros. Após uma voltinha pelo recinto da feira, que acabou por provocar alguns desencontros, o roteiro (road-book) fitado partiu de Nelas, seguiu por Folhadal, Póvoa da Roçada, Póvoa de Luzianes, São João do Monte, Vila Ruiva, Carvalhas, Fonte Alcaide, Nelas, Vilar Seco, Santar, Aldeia de Carvalho, terminando com o almoço na Quinta do João Fazenda.
Uma zona de recreio trialeira muito selectiva, com rocha e declives acentuados, que só era ultrapassada com recurso a gancho acabou por marcar a etapa matinal, que contou com um percurso sobretudo rolante, que viu surgir a primeira picada merecedora de alternativa do dia, a descer, pouco depois de roçar o rio Mondego.
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A organização já tinha alertado para alguma dureza de piso, sendo de notar as pedras pontiagudas que, nalguns troços, se mostraram nada amigáveis para os rodados. A verdade é que a grande variedade e sequência de pisos, situação que se manteve ao longo do percurso, marcaram pela positiva o dia todo.
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O final da etapa matinal começou com a primeira prova de vinho do Dão, na Quinta da Fata, seguindo-se quase de seguida a visita à Casa de Santar, onde a visita guiada incluiu mais uma prova de vinhos e também de queijo da Serra. Provas superadas com distinção, mais uns metros e já se reencontrou a caravana para o almoço na Quinta do João Fazenda.
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Retemperados os corpos, a etapa vespertina passou por Santar, Moreira, Pardieiros, Aguieira, Laceiras, Fiais da Telha, Caldas da Felgueira, Felgueira Velha, Felgueira, tendo sido encurtada passando por Folhadal em direcção à pista Pista de Obstáculos em Nelas.Depois de uma manhã de promessas, finalmente foi possível “molhar os pés” em três passagens de água, todas no rio Mondego. A primeira travessia foi curta, simplesmente para “arrefecer os ânimos”. A segunda com piso trialeiro com uma saída complicada como que a afirmar que “nem tudo são rosas”. A terceira com um pouco de tudo foi mesmo para “encher todas as medidas” e nalguns casos, o interior de alguns veículos. Entre as passagens de água, a aventura não parou com duas picadas merecedoras de alternativas, ora a subir, ora a descer, mas sem dificuldade de maior, intercaladas por alguns estradões dignos do campeonato nacional, a convidarem à velocidade, o que levou à capotagem, sem consequências de maior, de uma viatura após o que só poderá ter sido um momento de distracção. Numa análise geral, este período acabou por se tornar num hino ao todo terreno, em que tudo encaixou na perfeição.
Mas os atrasos foram-se acumulando e aquando da chegada do grosso da coluna à prova do vinho da Quinta da Munda ficou decidido o “atalhar de caminho” para desfrutar ainda com luz a pista de obstáculos em Nelas, tendo ficado para outras núpcias as provas na Quinta do Mondego e na Quinta da Lagoa, onde o vinho do Dão e o queijo da Serra iriam marcar mais vincadamente a componente gastronómica e turística desta aventura.
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Bastante público recebeu ao final da tarde a caravana na pista de obstáculos bem perto do centro de Nelas, depois de uma nova visita ao recinto da Festa/Feira do Vinho do Dão. Ficou a sensação que se teria “casa cheia” caso não jogasse a Selecção Nacional de Futebol dali a pouco.
As dificuldades da pista era variadas e bem compostas, com uma vala cheia de água a causar as maiores dificuldades, faltando talvez apenas uma vala mais profunda para fechar em grande.

Como nota final, a organização, Secção Desportiva da Associação Desportiva Recreativa e Cultural Cimo do Povo com o apoio dos Bombeiros Voluntários de Nelas, mostrou-se em bom plano, depois de um início “tremido”, justificado por uma alteração inicial de percurso. De resto, esteve à altura do desafio e respondeu eficientemente às solicitações apresentadas no terreno, merecendo uma nota bem positiva. Falta agora limar algumas arestas para que não haja necessidade de tantos trabalhos.
Para fechar, uma palavra para todos os participantes que estão de parabéns, tendo provado ser uns verdadeiros amantes do todo terreno, que é uma prática para todo o ano, com lama ou com pó. Bem vistas as contas, em qualquer dos casos, o terreno é todo o mesmo.
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PONTUAÇÃO (0-5):
PERCURSO TOTAL: 4
Dificuldades: 3
Passagens de Água: 4
Paisagens: 3
Grau de dificuldade: 3
ORGANIZAÇÃO TOTAL: 3
Roteiro (Fitas): 3
Apoio no terreno: 3
Bombeiros: 4
Apoio médico: n.d.
Refeições: 4
Alojamento: n.d.
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Notas à organização:

1) Num “briefing” inicial, (que só deve começar quando se tem a certeza que todos foram avisados que vai começar), é muitas vezes necessário dar informações das mais banais como a cor das fitas que se vai utilizar.
2) A partida para uma viagem destas só deve ser dada quando se tem a certeza de que estão todos nos devidos sítios mais problemáticos. É necessário uma maior articulação e uma atenção para a dificuldade de dar indicações e colocar no terreno uma estrutura tão vasta.

3) Água. Mesmo (e sobretudo) num evento em que o vinho é rei, não se pode ter longe da vista a água. Deve estar presente em qualquer zona de paragem prevista, especialmente se estivermos a falar de um dia quente, mesmo que seja no meio do monte e não há que ter receio de que seja a única coisa que se oferece.
4) Depois de um período longe destas aventuras, o ímpeto de alguns participantes, especialmente para as dificuldades, está ao rubro e uma organização, mesmo pretendendo apresentar uma parte mais rolante em determinada altura, deve também tentar introduzir algumas pequenas alternativas para evitar que surja a vontade de procurar dificuldades nos lados errados.
5) Numa pista de obstáculos deve estar presente uma máquina pronta a resgatar rapidamente as viaturas em apuros, especialmente em pontos que, de antemão, se sabe vão ser problemáticos.

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Tema de fundo: UMEED - "It Came Up Gently"



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