domingo, 6 de abril de 2008

II Passeio TT Casa da Cultura da Freguesia de Espinho : 06 de Abril

Este ano em Gandufe, na freguesia de Espinho, concelho de Mangualde, estiveram presentes quase seis dezenas de viaturas na segunda edição do Passeio TT Casa da Cultura da Freguesia de Espinho. Tal como prometido, no domingo dia 06 de Abril, a iniciativa levou os participantes por 65 quilómetros ideais para quem se queria iniciar por este mundo da aventura, não faltando no entanto alguns momentos de maior adrenalina.Reino da água

Nestes que já são dias de primavera, onde se mostram outras cores, agora mais vivas, um pouco por todo o lado, o Sol não deixou de estar presente nesta jornada e contrariamente ao que tem sido habitual nos últimos tempos, os quads encontraram-se em minoria no grupo total de 40 motos que, conjuntamente com mais 17 jipes, pontuaram nesta caravana posta em marcha pouco depois do pequeno-almoço.
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Os tempos têm andado secos e o pó marcou presença logo desde início, servindo apenas de refúgio os pisos mais rochosos, incluindo uma calçada romana, que marcaram os primeiros quilómetros destes trilhos muito rolantes onde se destacaram duas passagens de água, especialmente a segunda pela dificuldade que apresentava para a sua saída.Este dia decorreu quase sempre à sombra da Serra da Estrela, com o percurso, depois do arranque de Gandufe, a passar por Espinho, Vila Nova de Espinho, Vila Ruiva, Carvalhas, Senhorim, Vilar Seco, Lobelhe do Mato, Tibaldinho, Fagilde, Vila Garcia, Tabosa, Pedreles e Água Levada antes da chegada ao ponto de partida.
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Ultrapassada a questão da água era tempo de parar no lugar de Casal onde se esperou pelas mais variadas bolas (leia-se bôlas) preparadas no forno comunitário desta localidade, partindo a comitiva agora para mais trilhos rolantes, depois de uma zona inicial mais trialeira, caminhos que incluíram a passagem pela Linha Ferroviária da Beira Alta e pelo memorial ao acidente de Alcafache, mas também uma passagem mesmo à beirinha do rio Dão, pouco depois de passar por Tibaldinho.Já a caminho da zona de Fagilde, foi possível, por instantes, ver a Capela de Nossa Senhora da Cabeça, não demorando muito para chegar ao ponto mais complicado do dia, protagonizado por uma "picada" que complicava a subida de todos sobretudo pelo piso solto e pelos pedregulhos de dimensões apreciáveis que recomendavam alguma contenção.Ultrapassada por quase todos esta dificuldade, as paisagens em altitude mostravam-se agora particularmente deslumbrantes mas o grosso da comitiva não conseguiu resistir ao apelo de uma enorme rocha plantada mesmo à beira do trilho, fazendo curto um desvio não previsto, encaminhando-se depois para o local da partida onde já estava a ser orquestrado o almoço.Ainda antes do almoço já os mais impacientes se aventuraram na zona de espectáculo, com dois percursos preparados para ocupar a tarde dos participantes.
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Na pista para as motos, marcada por um bom comprimento, a palavra de ordem era a velocidade, não faltando no entanto algumas curvas mais apertadas e de pontuarem algumas rampas que, bem medida a rapidez de ataque, levava a alguns voos.Nesta soalheira tarde de domingo, o público presente optava por acompanhar de longe com o olhar a progressão das motos mas tinha que se chegar perto se queria ver os jipes, cujo desafio se resumia apenas a dois "poços".
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Se no segundo obstáculo, com ângulos mais agudos, muito tempo passou até que alguém se lançasse para o abismo, na primeira vala a saída mostrava-se impossível para as viaturas presentes, devido à terra solta transformada com o tempo em lama, só ficando acessível após muito trabalho de terraplanagem.Para finalizar resta dar os parabéns à organização, a Associação da Casa da Cultura da Freguesia de Espinho que, apesar de alguns pormenores a ajustar e que muitas vezes passam por mais experiência no terreno, de uma forma geral compôs um belo dia para quem se queria estrear por estas andanças e acabou por proporcionar belos momentos a todos os presentes.

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PONTUAÇÃO CENTRALTT (0-5):
PERCURSO TOTAL: 4
Zonas difíceis: 4
Passagens de água: 4
Paisagens: 4
Grau de dificuldade: 2
ORGANIZAÇÃO TOTAL: 4
Atraso na partida: 3
Roteiro (fitas): 4
Apoio no terreno: 4
Bombeiros: n.d.
Apoio médico: n.d.
Refeições: 4
Alojamento: n.d.
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Notas à organização:
1) Os caminhos para o ponto de concentração devem ser devidamente explicados nas informações relativas ao evento ou, em alternativa ou em complemento, devidamente indicados ou sinalizados.
2) Cabe à organização conter a impaciência de alguns e restringir o acesso à pista de trial antes de tempo.
3) Tudo neste evento aponta que este possa vir ser um verdadeiro Passeio de Todo-o-terreno Turístico. Está apenas à distância de um roteiro bem recheado de informações e mais umas paragens programadas para conhecer alguns lugares...
4) Depois de um evento que prima pela baixa dificuldade dos seus trilhos, a proposta de uma pista de obstáculos não pode ser, naturalmente, toda de dificuldade extrema.
5) Os obstáculos numa pista de trial devem ser devidamente testados antes para garantir que não se perde tempo a arranjar as coisas à última da hora. Valas como as que foram criada na parte final é um excelente exemplo de como não se deve elaborar uma dificuldade. Há uma grande diferença entre o quase e o totalmente impossível.

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