domingo, 20 de janeiro de 2008

II Passeio TTT Muxós - Sátão : 20 Janeiro

Muxós foi, por um dia, a capital do todo terreno do distrito de Viseu. O Centro Cultural e Recreativo desta localidade, colada a Sátão, acolheu mais de 100 aventureiros no domingo, dia 20 de Janeiro, num dia que ficou bem marcado pela natureza agreste de quase meia centena de quilómetros deste II Passeio TT Turístico de Muxós.
Natureza Agreste
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Mais de 70 viaturas (26 jipes e 47 motos), das quais quase metade eram quads, marcaram encontro em Muxós num dia com as condições das mais ideais para muitos amantes destas aventuras de todo terreno. Sol, temperaturas amenas e lama q.b. nos trilhos.
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Com a pista de trial a preencher totalmente a parte da tarde, a ronda matinal, depois da partida de Muxós, marcou a passagem por Serrazela, Cruz, Samorim, Quinta do Paço, Travasso, Nogueira de Cima, Brufe e Portela, antes de regressar à base.
Os trilhos do dia, para além do roteiro ("road-book"), estava muito bem sinalizado por setas e algumas fitas, o que não foi, no entanto, suficiente para evitar que as impetuosas motos perdessem o rumo, numa das duas ocasiões ainda antes do "reforço", ao quilómetro 7, junto a Serrazela.
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Curiosamente, também por duas ocasiões, e uma delas ainda antes da primeira paragem, alguns dos jipes viram-se em pontos mais complicados, em que os caminhos, para além de muito estreitos para alguns, tinham ainda pelo menos uma árvore que era demasiado baixa para outros, optando uma parte da caravana por encontrar uma rota alternativa.Logo depois do "reforço" estava à espera uma zona onde a inclinação obrigava a uma alternativa e, ainda não tinham passado 10 quilómetros, já estava feito o convite para "ir à pesca ou mesmo tomar banho" no rio Vouga. O convite foi naturalmente aceite por alguns, sendo motivo de nova paragem, numa altura em que o roteiro (road-book) já estava guardado por falta de informações em termos de distâncias.
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De novo em marcha, o trajecto continuou a mostrar uma grande variedade de pisos, destacando-se duas zonas mais rápidas com um espaço mais rochoso entre elas a requerer mais atenção. No entanto, quase sempre, as sendas estiveram marcadas por uma vegetação agreste que recomendava a um passo mais comedido.Ainda nesta parte fica o destaque para a subida, junto a Nogueira de Cima, a uma serra com belas vistas, escalada esta que marcou a diferença num percurso raramente em campo aberto, quase sempre ladeado, das mais variadas formas (por muros, por vegetação, entre florestas, só dum lado ou dos dois, etc.) conferindo ainda mais as características "fechadas" de "raide" a este evento.
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A segunda metade da manhã, mais rolante apesar de alguns obstáculos, acabou por rapidamente trazer a comitiva ao ponto de partida, para o retemperador almoço.
Com a parte da tarde, chegou também o público para assistir às acrobacias das máquinas pela pista de trial construída entre árvores e aproveitando a encosta junto à sede da organização, com os declives por vezes a apresentar grandes desafios.
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Logo no início, um "poço" ainda deixou escapar os primeiros aventureiros mas, depois de um participante mais "descalço" ter multiplicado as suas infrutíferas tentativas, a saída só se procedia às custas de uma retroescavadora.Por outro lado, a meio da pista, uma subida mais inclinada foi o centro de atenções durante alguns tempos mas à medida que as viaturas e as tentativas passavam, as dificuldades começaram a roçar o impossível e a lama tomava conta da situação.
Como curiosidade fica a nota que, desta vez, esta pista apenas foi feita num sentido, terminando o dia com lanche ajantarado já com um desfalque significativo no número de convivas. Afinal, o dia seguinte era dia de trabalho.
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Para finalizar, a organização, o Centro Cultural e Recreativo de Muxós, está de parabéns pela iniciativa e pelo empenho apresentado na sua preparação, estando apenas à vista muita inexperiência nalguns pormenores, algo que o tempo certamente vai apagar.
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PONTUAÇÃO (0-5):

PERCURSO TOTAL: 3
Zonas difíceis: 4
Passagens de água: 3
Paisagens: 3
Grau de dificuldade: 4
ORGANIZAÇÃO TOTAL: 3
Atraso na partida: 3
Roteiro (road-book+fitas+setas): 4
Apoio no terreno: 3
Bombeiros: 3
Apoio médico: n.d.
Refeições: 4
Alojamento: n.d.
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Notas à organização:
1) Antes de mais, o nome este evento faz lembrar o de Vila Nova de Milfontes que até há pouco não era "vila", certamente não é "nova" e nem tem "mil fontes". Mais do que um "passeio" este evento esteve muito próximo de um raide, (no mínimo deveria ter sido chamado de "Rota") e sobretudo a parte do "turístico" passou completamente ao lado...
2) Ter zonas de passagem mais difíceis num trajecto é (ou deveria ser) uma coisa rotineira mas cabe à organização estar atenta e orientar as viaturas que podem, ou não, seguir por essas zonas, sobretudo se estamos a falar em casos em que as características da viatura (altura, largura, ângulos, etc.) são impeditivas.
3) O "apoio do terreno" não passa só por estar nos cruzamentos mais complicados. A presença da organização deve-se notar nas zonas de maior dificuldade ou em pontos que possam causar alguma paragem mais demorada como uma passagem de água, quanto mais não seja para colocar a comitiva em marcha.
4) Aplaudimos o esforço colocado na elaboração de um roteiro (road-book) que, no entanto, devia ter sido correspondido com a possibilidade de o poder usar em todo o momento e não só em determinadas alturas.
5) Quando o público não se encontra no seu lugar ou quando os participantes se lembram de fazer habilidades que mais têm a ver com provas de slalom/perícia, com as suas viaturas, numa pista de trial ou em qualquer lugar ligado ao evento, a responsabilidade de tal inadequado comportamento é, em última análise, da organização.

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